
O ex-guarda de trânsito José Mestre, que durante décadas recusou todas as cirurgias possíveis em seu rosto desfigurado, em virtude da sua opção religiosa (ele é Testemunha de Jeová), teve suas esperanças reavivadas por um médico britânico que prometeu operá-lo, através de inovadoras técnicas médicas sem que seja necessária uma transfusão de sangue. Relutante em aceitar o recurso da transfusão sanguínea, Jose Mestre, que tem 51 anos, aprendeu a sobreviver com um tumor, que nasceu em seu lábio ainda na adolescência e hoje ocupa quase a totalidade de seu rosto. O tumor atualmente tem quase dez quilos e já deixou Jose cego de um olho, transformando suas refeições em um verdadeiro calvário. Como ela já começa a bloquear suas vias aéreas, os médicos temem por sua vida. Segundo o site Telegraph, essa equipe britânica de cirurgiões faciais, chefiada por Iain Hutchison, propôs tratar José, utilizando uma técnica revolucionária, que usará ondas ultrasonicas para coagular seu sangue antes da cirurgia. Esta técnica deve permitir que o tumor seja removido sem risco de uma forte hemorragia - preservando sua doutrina religiosa, que proíbe transfusões sanguíneas, o único fator que tem dificultado a sua busca por tratamento. O Dr. Hutchison, diretor do Saving Faces, está muito otimista: "Creio que podemos retirar uma grande parte das lesões - cerca de 80 por cento", disse ele. O Saving Faces é o único programa no Reino Unido exclusivamente dedicado à redução mundial de doenças e lesões faciais.




José Mestre, conhecido há vários anos em Lisboa como o “homem sem rosto“, já foi operado em Chicago, tendo-lhe sido removido um tumor de 40 centímetros e 5,5 quilos.
O homem, que costumava andar pelo Rossio e Restauradores, sendo conhecido da maior parte dos transeuntes habituais, ganha agora uma nova vida, noticiou a estação televisiva ABC.
O tumor, que cobria a maior parte do rosto e punha em risco a vida de José Mestre, foi retirado depois de três meses de preparação e quatro cirurgias em Chicago, nos Estados Unidos.
“Finalmente teve uma hipótese de levar uma vida mais ou menos normal porque, antes disto, [José Mestre] sentia que, apesar de nunca o ter pedido, era o centro das atenções em todo o lado”, disse o seu tradutor à ABC.
A história começou no ano passado quando, em julho, o homem “sem rosto”, então com 53 anos, foi convidado pelo canal de televisão Discovery para filmar em Londres um documentário sobre o seu problema.
O programa, intitulado “O homem sem cara”, foi apresentado no início de dezembro mostrando o seu rosto deformado, tendo o canal contactado dois médicos famosos nos hospitais de St. Bartholomew e de Broomfield para pedir opinião.
Ian Hutchison, médico do St. Bartholomew, ofereceu-se de imediato para lhe fazer uma cirurgia inovadora, paga pelo Serviço Nacional de Saúde.
O objetivo era devolver a José Mestre o rosto que, desde criança, se vinha a deformar prometendo uma melhoria da qualidade de vida já que lhe possibilitaria respirar melhor, falar, comer e ver.
A maior dificuldade foi conseguir o acordo do próprio José Mestre que, como testemunha de Jeová, mostrou reservas em fazer a cirurgia.
No entanto, o fato de, nos últimos meses, o tumor lhe ter provocado cegueira de um dos olhos e ter coberto por completo a boca e a língua, levou a sua irmã a insistir na operação.
“Se não fosse feito nada, ele morria”, explicou à ABC a irmã, Edite Abreu, garantindo que “agora, ele tem uma nova vida”.
José Mestre, que foi submetido a duas cirurgias perigosas nos últimos dias para reconstruir o seu rosto, está ainda a recuperar, com o rosto envolto em gaze, mas já consegue deslocar-se sozinho e falar com alguma dificuldade.
“Nenhum médico o queria operar, por isso, para ele, desde a primeira cirurgia que esta história tem um final feliz, porque ele nunca acreditou que chegasse aqui vivo”, disse o tradutor na entrevista à estação televisiva.

José Mestre saiu do hospital ontem (18) à tarde e voltará a Portugal daqui a poucas semanas, refere a ABC, acrescentando que a família continuará a ser apoiada médica e financeiramente pelo hospital.
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Eu, sendo testemunha de Jeova, sabendo que sou imperfeita e que a inclinacao do homem e' para fazer aquilo que e' errado, compreendo de coracao e mente o dilema baseado na escolha do sr.Jose, mas deus Jeova sabe o que faz...e aqui embaixo esta ' a razao, valeu a espera Sr Jose, ate o governo Americano ja aderiu e compreende a sua situacao!..Silvia .xxx
A Bíblia sempre tem razão – USO DO SANGUE
Apresentando o resultado de uma deliberação histórica dos apóstolos de Jesus, em Jerusalém, diz o livro Atos 15: 28, 29:
"pareceu bem ao espírito santo e a nós mesmos não vos acrescentar nenhum fardo adicional, exceto as seguintes coisas necessárias: de persistirdes em
abster-vos de coisas sacrificadas a ídolos, e de sangue, e de coisas estranguladas, e de fornicação. Se vos guardardes cuidadosamente destas
coisas, prosperareis."
Em obediência a essa ordem bíblica, as Testemunhas de Jeová não aceitam transfusões de sangue, propondo aos profissionais da saúde métodos
alternativos. Por isso são muitas vezes criticadas, acusadas injustamente de fanatismo religioso e às vezes submetidas a transfusões impostas à força. O
empenho delas por desenvolver e aprimorar métodos de tratamento alternativos, tem ajudado a medicina a avançar neste campo.
Hoje muitas autoridades e profissionais de peso reconhecem os riscos envolvidos nas transfusões.
O governo americano está investindo no programa de tratamento sem sangue, baseado nos bons resultados obtidos graças à persistência das TJ servindo de ‘cobaia’ em tratamentos alternativos (veja o vídeo anexo).
Às vezes é preciso dar tempo ao tempo, para no final constatarmos que tudo o que Jeová nos diz é para o nosso próprio benefício, embora à primeira
vista possa parecer o contrário.
Apresentando o resultado de uma deliberação histórica dos apóstolos de Jesus, em Jerusalém, diz o livro Atos 15: 28, 29:
"pareceu bem ao espírito santo e a nós mesmos não vos acrescentar nenhum fardo adicional, exceto as seguintes coisas necessárias: de persistirdes em
abster-vos de coisas sacrificadas a ídolos, e de sangue, e de coisas estranguladas, e de fornicação. Se vos guardardes cuidadosamente destas
coisas, prosperareis."
Em obediência a essa ordem bíblica, as Testemunhas de Jeová não aceitam transfusões de sangue, propondo aos profissionais da saúde métodos
alternativos. Por isso são muitas vezes criticadas, acusadas injustamente de fanatismo religioso e às vezes submetidas a transfusões impostas à força. O
empenho delas por desenvolver e aprimorar métodos de tratamento alternativos, tem ajudado a medicina a avançar neste campo.
Hoje muitas autoridades e profissionais de peso reconhecem os riscos envolvidos nas transfusões.
O governo americano está investindo no programa de tratamento sem sangue, baseado nos bons resultados obtidos graças à persistência das TJ servindo de ‘cobaia’ em tratamentos alternativos (veja o vídeo anexo).
Às vezes é preciso dar tempo ao tempo, para no final constatarmos que tudo o que Jeová nos diz é para o nosso próprio benefício, embora à primeira
vista possa parecer o contrário.
Com os meus cumprimentos
Alcino P. Pinto
Alcino P. Pinto
Click nas fotos abaixo duas vezes para ler o artigo em ponto Grande.Obrigado
....Portanto,acho que isto sao dados sufecientes para suportar e apoiar a posicao e integridade do Sr jose Martins...Beijos, Silvia xxx
Assista aqui o Filme JESUS DE NAZARE' falado em PORTUGUES

As Testemunhas de Jeová e o não uso da internet como meio de comunicação de massa
15/09/2008BORNHOLDT, Suzana R. C.. A Internet e seus perigos: Individualismo, Missão e Poder entre as Testemunhas de Jeová. CONTEMPORÂNEA – Revista de Comunicação e Cultura, v. 6, p. 01-16, 2008.
RESUMO: O artigo analisa os diferentes elementos de comunicação utilizados pelo grupo religioso Testemunhas de Jeová em seu trabalho missionário na contemporaneidade, ao contrário de outras religiões, que utilizam grandes meios como rádio, TV e, sobretudo a internet como ferramenta de comunicação proselitista.
SOBRE A AUTORA: Suzana Ramos Coutinho Bornholdt é graduada em Ciências Sociais e mestre em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Atualmente é doutoranda na University of Lancaster (Inglaterra) e pesquisadora do Núcleo de Estudos da Religião da UFSC. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Religião e Missões, atuando principalmente nos temas: missões e estratégias missionárias, budismo e religiões japonesas, Testemunhas de Jeová, milenarismos, ONG e religião.
As Testemunhas de Jeová e o não uso da internet como meio de comunicação de massa
Por Lázaro Lamberth
De nome sugestivo, A Internet e seus perigos: Individualismo, Missão e Poder entre as Testemunhas de Jeová foi escrito pela antropóloga Suzana Ramos Coutinho Bornholdt. Construído a partir da história das estratégias comunicacionais do grupo religioso Testemunhas de Jeová, a abordagem desvenda os possíveis motivos da religião, ao contrário dos demais grupos religiosos, não utilizar a internet como espaço de evangelização, preferindo o contato face a face com as pessoas por meio da pregação de casa em casa.
Inicialmente Bornholdt relata o panorama histórico das Testemunhas de Jeová e suas atuações em termos de estratégias comunicacionais. A constatação é taxativa: apesar do avanço das novas tecnologias da informação, sobretudo com o advento da internet, o grupo religioso ainda permanece praticamente “invisível” no espaço midiático. Não possuem programas de rádio e TV, são contra o ecumenismo e raramente são vistos nos grandes meios de comunicação de massa.
Apesar do aparente paradoxo, porém, as Testemunhas de Jeová estão em ascensão. Atualmente são cerca de seis milhões de adeptos em 236 países, com crescimento médio anual de 7%. No Brasil, são cerca de 650 mil, que gastam mais de 127 milhões de horas por ano na pregação, segundo dados do Anuário das Testemunhas de Jeová, edição 2008. Em termos de comunicação, é um dos poucos grupos religiosos a utilizar massivamente o meio impresso. Suas revistas A Sentinela e Despertai! possuem tiragem quinzenal de 22 milhões de revistas.
Histórico comunicacional do grupo
Durante todo o tempo, Bornholdt busca entender [e explicar] o porquê do “processo comunicativo das Testemunhas de Jeová [é] elaborado sob padrões diferenciados daqueles da comunicação no mundo atual”. A pesquisadora ressalta a relevância de tal problemática, tendo em vista que, em geral, as religiões utilizam diferentes meios de comunicação para a prática do proselitismo, ao passo que as Testemunhas de Jeová seguem o caminho oposto, preferindo o trabalho de casa em casa.
Sociedade religiosa de caráter milenarista, as Testemunhas de Jeová surgiram no final de século XIX (1872), por um grupo de “Estudantes Internacionais da Bíblia” liderados por Charles Taze Russel. Em termos comunicacionais, no decorrer da história o grupo utilizou-se de pelo menos quatro estratégias:
1) Jornais, que eram utilizados por Charles Taze Russel para propagar seus sermões. Segundo a história do grupo, em 1913, a utilização do jornal como meio de propagação da fé chegou a alcançar 15 milhões de leitores entre EUA, Canadá e Europa;
2) “Fotodrama da Criação”, que foi uma combinação de filme fotográfrico e slides, sincronizados com gravações musicais e discursos, apresentados em 1914 a milhões de pessoas nos EUA, Europa, Autrália e Nova Zelândia;
3) Rádio, muito utilizado pela religião depois do início da radiodifusão em 1922; e
4) Fonógrafos, que a partir dos anos 30, foram utilizados em vias públicas, em carros de som e homem sanduíche. Atualmente, a principal forma de comunicação do grupo é impresso e a pregação de casa em casa.
Para Bornholdt, “em um cenário de constantes e velozes transformações…, grupos religiosos se vêem obrigados a repensar seus princípios e modelos de atuação e para isso, passam a fazer uso dos meios de comunicação de massa”. O fenômeno, denominado “Igreja Eletrônica”, conforme teorizado por Hugo Asmann (1986), sistematiza como algumas religiões, a partir dos anos 70, investiram em mídia para a divulgação das crenças e trabalho proselitista. Atualmente, Igreja Universal do Reino de Deus, Renascer em Cristo e a própria Igreja Católica são exemplos de igrejas eletrônicas. Em tal categoria as Testemunhas de Jeová não estão inclusas, uma vez que não mais utilizam as atuais “mídias eletrônicas” para a prática religiosa.
Missão, individualismo e poder
Outro aspecto relevante destacado por Bornholdt é o fato da internet possibilitar às religiões um campo missionário diferenciado. Os missionários na web passam a esperar que os usuários procurem suas páginas disponíveis missionário.
[...] se no campo tradicional a intenção é de busca, a atuação missionária na internet é de oferecimento… A missão Testemunha de Jeová parece ser, portanto, sinônimo do proselitismo e da busca incessante de uma conversão e um modo de vida específico, permeado de regras, valores, condutas e visões de mundo que definem e constroem a identidade Testemunha de Jeová e que, do seu ponto de vista, conduz à salvação.
Este talvez seja um dos prováveis motivos do grupo não optar pela internet como meio missionário. Para Jungblut, estudioso do ciberespaço e campo evangélico, o “eu” na internet possibilita uma auto-representação individualizada na qual o usuário “mostra-se mais nu que nunca”. Em outras palavras, as pessoas encontram na internet um espaço democrático de manifestação no qual todos podem ser o que quiser. Este “eu”…, no que tange às Testemunhas de Jeová, não oferece a possibilidade de auto-representação, apenas o “eu” enquanto organização e instituição. Raramente o internauta encontrará na web algum blog ou website de uma Testemunha de Jeová ou mesmo de determinada congregação para propagação da fé.
Para o grupo, tal postura justifica-se em face aos perigos que o meio virtual possibilita, como pornografia, pedofilia e apostasia, principais preocupações e motivos pelos quais as Testemunhas de Jeová desaconselham o uso indiscriminado da web. Entretanto, Bornholdt vê tal comportamento como uma forma de concentração de poder e alienação, no qual o membro do grupo não tem percepção do “controle” a que é submetido e adere como salutar.
Internet às avessas? Não necessariamente…
Por outro lado, enquanto o discurso de Bornholdt gira em torno de uma suposta “invisibilidade” das Testemunhas de Jeová no espaço midiático, a realidade é um tanto diferente. A organização possui atualmente duas páginas oficiais na internet (http://www.watchtower.org e http://www.jw.org), com vasto conteúdo e recursos multimídias, inclusive de web 2.0. Seria isso uma mudança de paradigma?
Apesar de não endossarem entre seus adeptos a utilização da internet como meio de pregação, uma análise aprofundada dos websites das Testemunhas de Jeová permite verificar que, apesar de tradicional, o grupo não é avesso às novas tecnologias. Além de assuntos sobre a religião, crenças e doutrinas, no website oficial das Testemunhas de Jeová o usuário encontra-se à sua disposição recursos multimídias e interativos como Bíblia on line, vídeos em linguagem de sinais, solicitação de estudos bíblicos, entre outros.
Na conclusão da autora, a Associação Torre de Vigia de Bíblias e Tratados é o principal ator do processo missionário e proselitista das Testemunhas de Jeová, onde há o estabelecimento do limite de sua prática missionária à prática proselitista do trabalho de pregação de casa em casa. Esta disciplinarização dá à Instituição a legitimidade do domínio de espaços, formas, narrativas e identidades individuais.
O suposto discurso unitário e institucional do grupo cria outros discursos, como o do temor à internet por questões morais e perigos reais à espiritualidade da família, como pedofilia, pornografia e associação virtual com entretenimento e pessoas desconhecidos. Na opinião da autora, o discurso testemunha de Jeová em torno dos “perigos da internet”, conforme satirizado no título do artigo, é utilizado pela religião apenas para rechaçar a identidade unitária do membro Testemunha de Jeová.
A anulação da identidade individual significa uma tentativa de separação como o mundo, tanto real quanto virtual. Em outras palavras, a missão evangélica diferenciada utilizada pelo grupo para divulgar suas doutrinas fortalece a leitura que as Testemunhas de Jeová não são avessas às novas tecnologias, mas preferem (optam) em se apresentar ao mundo de uma única maneira: através da pregação de casa em casa.
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